Doutor Henrique esclarece as principais dúvidas
Há um ano, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) publicou uma pesquisa importante sobre o perfil das cirurgias plásticas feitas no Brasil. Nesse estudo, observou-se que a campeã das campeãs nos consultórios é a lipoaspiração, seguida da mamoplastia, a cirurgia de aumento dos seios. Apesar dos problemas de contratura capsular ocorridos no país em 2012 com próteses de silicone, houve um aperfeiçoamento técnico dos implantes, as próteses estão muito mais avançadas e os problemas são menos frequentes.
Por ser um procedimento muito procurado no país, a mamoplastia continua cercada de muitas dúvidas e diversos mitos. Para esclareceras principais dúvidas, o Doutor Henrique Lopes Arantes explica o que é mito e o que é verdade sobre a mamoplastia de aumento:
A mamoplastia de aumento é sempre indicada em caso de queda de mama e excesso de tecido mamário
MITO
Em algumas situações, quando existe presença de tecido mamário associado com certo grau de ptose (queda da mama), é possível reposicionar a mama, sem a necessidade de fazer uma mamoplastia de aumento. Por isso, é imprescindível fazer uma avaliação física da paciente.
Para saber qual o melhor tamanho, o médico faz cálculos levando em conta a largura (base) e a altura da mama.
VERDADE
Normalmente, quando chega ao consultório médico, a paciente explica ao médico seu desejo e como imagina que seja a mama ideal para ela. Em seguida, calcula-se de maneira objetiva a largura (base) e a altura da mama, para determinar as possibilidades de volume de implante para aquela anatomia específica. Cada mulher tem um corpo específico, valores diferentes de base e altura dos seios, e desejos diferentes. Portanto, essa avaliação inicial é imprescindível. É o momento em que ela debate com o médico o que pretende da mamoplastia e como espera que seu corpo fique, para que ele diga o que é possível ou não fazer, que resultados são possíveis. Além disso, é preciso usar a prova de moldes, frente aos tamanhos já previamente selecionados e, nesse momento, decidir em conjunto entre 2 a 3 tamanhos diferentes.
O Modelo gota é o que traz o resultado mais elegante
MITO
Essa é uma questão muito pessoal e varia de paciente para paciente que vai se submeter a uma mamoplastia. Os modelos anatômicos (em gota) de última geração apresentam a maior projeção na região centro-inferior da mama e menor projeção na parte superior, por isso são indicadas para mulheres que desejam maiores aumentos, mas desejam um formato de mama mais natural, não redondo.
Os implantes de perfil alto ou mais projetados são indicados para pacientes que desejam o colo cheio e mais perceptível. São também indicados para mulheres que têm maior flacidez de pele, pois preenchem mais.
Os implantes de perfil baixo, de pouca projeção, são mais indicados para mulheres que não desejam o colo cheio e querem resultados mais discretos. Esses modelos também podem ser indicados para casos de assimetrias mamárias, quando se planeja aumentar um pouco a mama menor com objetivo de torná-la mais parecida com a mama maior.
Todas as próteses usadas devem ser substituídas com 10 anos de uso
MITO
Estudos demonstraram que as próteses de última geração podem ser substituídos em períodos superiores a 10 anos. Os modelos mais recentes mostram resultados seguros com 15 a 20 anos na grande maioria das pacientes e isto é proveniente da evolução do revestimento dos implantes e da qualidade do silicone gel. De qualquer forma, é importante ressaltar que nenhuma prótese dura para sempre e que a paciente que se submete a uma mamoplastia deve acompanhar com o médico quando isso deve ser feito.
A prótese estoura ou explode com um impacto brusco
MITO
Isso pode acontecer no casos dos implantes salinos (preenchidos com soro), muito usados nos Estados Unidos. Nesse caso, pode haver risco de ruptura e saída do soro fisiológico. No caso da mamografia com próteses de silicone, existem pouquíssimos relatos de ruptura do implante depois de um trauma externo, como quedas de grandes alturas ou impacto em alta velocidade, como no caso de uma batida de carro. Isso acontece em casos de implantes muito antigos, com desgaste e que possuem um número menor de camadas de revestimento.
No caso da mamografia com próteses de última geração, a probabilidade de algum acidente desse tipo acontece é quase nula.
A colocação de próteses interfere no exame do toque e um possível diagnóstico precoce do câncer de mama
MITO
Os estudos científicos têm demonstrado que as próteses podem aumentar a sensibilidade durante o autoexame, por isso, facilitam a detecção de tumores. Vale a pena destacar um estudo publicado em 2006 por Handel e Silverstein da Universidade da Califórnia/Los Angeles na revista Plastic and Reconstructive Surgery.
Nesse estudo, ele avaliou mais de 4000 mulheres que tiveram diagnóstico de câncer de mama e comparou quanto a incidência, momento do diagnóstico e tamanho do tumor no grupo com e sem cirurgia prévia de mamoplastia. Ele percebeu que a incidência de câncer e o momento do diagnóstico foram parecidos nos 2 grupos, mas, nos pacientes que se submeteram à mamoplastia, os tumores foram percebidos em tamanhos menores do que no grupo de mulheres que não tinham próteses.
A prótese não atrapalha nas mamografias
VERDADE
Já se acreditou muito nisso, porque as mulheres que se submeteram a uma mamoplastia precisam de aparelhos especiais e um posicionamento específico para deslocar a prótese da frente da mama e permitir a visualização certa do parênquima mamário. Mas isso não significa que as próteses atrapalhem o exame. Hoje em dia, existem bons centros de radiologia, com técnicos preparados e radiologistas experientes, a dificuldade de posicionamento e visualização ocorre em uma porcentagem mínima de mulheres. Ainda assim, é possível complementar o exame de imagem com análises complementares, aumentando dessa forma a sensibilidade na visualização de toda a mama.
Conheça o Doutor Henrique
Faça uma visita à nossa clínica, venha conversar com a nossa equipe. O Dr. Henrique Lopes Arantes possui mais de 10 anos experiência internacional após estágios e consultorias em países como EUA, Itália, Indonésia, Singapura e Panamá.
Atualmente, é Coordenador Científico das reuniões mensais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica/SP realizadas em conjunto com a Associação Paulista de Medicina. É membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e também membro Ativo da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS).